15:33 | Author: Curso de Comunicação Social da Universidade de Uberaba
As aulas de 19 e 20 de agosto foram destinadas às exposições do livro de Roberto Da Matta - O que faz do Brasil, Brasil. Ou seja, o que contribui e contribuiu para que nosso país se formasse e chegasse ao século XXI com todas as suas particularidades? O autor traz um ensaio sobre o Brasil em sua trajetória histórica de erros e acertos dos brasileiros enquanto povo.

Tudo tem início na mistura das três raças que formam a mixórdia que é a célula primaz do Brasil que Da Matta tenta trazer à luz. O Brasil é o que nós o fazemos!


Com uma linguagem, por vezes, machista e elitista Roberto Da Matta não quer mostrar uma versão única, inexorável do Brasil, mas, quer oferecer uma possibilidade de informações mais concretas para fomentar as discussões cobre o tema. Excelente a explanação de todos os colegas com seus respectivos capítulos. Vale a pena o bebate.


Marcos Rogério

Esta é a conclusão de Adjovani dos Santos, aluno da disciplina de R.S.E.P, sobre o tema abordado no seminário do livro de Roberyo Da Matta, vejam:

CONCLUSÃO

O livro escrito por Da Matta aborda pontos de vistas interessantes sobre a sociedade brasileira no contexto histórico e comportamental. É um excelente livro para o ano de 1984. Porém, acredito que a sociedade brasileira vive outra transformação e autores mais atualizados deveriam ser indicados para tratar do assunto. O livro de Da Matta é muito poético. Nossa sociedade passa por transformações grotescas. A desigualdade social é o principal fator dessa mudança. O poder está nas mãos de uma minoria, a distribuição de renda é injustamente imoral. Não podemos conciliar o comportamento familiar, social e político. Não é possível conciliar a rua com a linguagem familiar. Estamos pagando com a vida por esses erros históricos. A violência é um dos principais problemas por que passamos.
O perfil do brasileiro atual é de empreendedor. Está fora de cogitação a malandragem. Alguns insistem que é cultural. Afirmo que é utopia. A sociedade brasileira hoje tem outros objetivos, ambiciosos e com visão empreendedora. As escolas e universidades estão lotadas de pessoas ávidas pelo conhecimento e desenvolvimento pessoal. A “malandragem” ou o “jeitinho” apontado no livro do autor não condizem com essa nova classe. São pessoas com ambições determinadas, que não podem errar devido à concorrência exacerbada a que são submetidos.
Os malandros que não se adaptarem a essa nova realidade estarão condenados à exclusão do mercado de trabalho. Não há mais lugar para “jeitinho”. Agora o que manda é a qualificação, estudo, pesquisa, aperfeiçoamento e competência. Até mesmo no ambiente familiar é necessário o aperfeiçoamento do indivíduo. Pois, ele é desde o exemplo ao aprendiz. Nossa sociedade é bela. Uma mistura de raças e costumes. Porém, não pode ser considerada como a sociedade de culturas de “malandragem”. Esse pensamento deve ser extirpado dos nossos livros e discursos. Devemos buscar o melhor. O brasileiro está mudando. É verdade que precisamos mudar muito. Estamos no caminho certo. Investindo em educação, igualdade social e trabalho. Podemos observar o papel da mulher brasileira na economia, política e sociedade. É verdade que precisam conquistar muito mais espaço e vão conseguir. As mulheres hoje dominam quase todas as áreas de trabalho, antes ocupadas exclusivamente pelos homens.
O papel que o Brasil desempenha no exterior é um dos fatores que vão levar a sociedade brasileira a um desenvolvimento melhor. Quando o país se projeta no cenário internacional atinge de certa forma o seu povo. Incentiva-o ao crescimento e cada indivíduo sente a necessidade ou dever de melhorar seu comportamento, desempenho e atitude diante da sociedade em que vive. Discordo completamente do autor quando diz que “precisamos carnavalizar um pouco mais a sociedade como um todo introduzindo os valores dessa festa relacional em outras esferas de nossa vida social”, pelo contrário, o carnaval é a desgraça da sociedade brasileira. Deveríamos abolir o carnaval de nossos calendários. É o período de glorificação da piores desgraças da nossa cultura: a ociosidade. Um desvio do foco dos verdadeiros problemas sociais que nos rodeiam. O Brasil precisa é de pessoas críticas, focadas e competentes para assumir as responsabilidades e o futuro próspero que merecemos.

E vamos seguindo...

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